Andei colhendo por aí alguns exemplos de nosso jornalismo brasileiro, verdadeiro jornalismo de ponta, sem direito de resposta, sem regulamen...
Andei colhendo por aí alguns exemplos de nosso jornalismo brasileiro, verdadeiro jornalismo de ponta, sem direito de resposta, sem regulamentação, sem diploma, sem lenço, sem documento. E assim se faz esta nação. Todos os exemplos abaixo foram criados por jornalistas, referindo-se à provável candidata Dilma Rousseff e, por consequência, analisando a política brasileira. Interessante é que estes mesmo jornalistas nada produziram em relação ao suposto candidato José Serra. Marcelo Coelho chegou a desculpar-se em sua página, dizendo que um blog é local de comentários mais descontraídos. Mas desde quando descontração se tornou sinônimo de um machismo ofensivo?
Danuza Leão (Folha de São Paulo): "VOU CONFESSAR: morro de medo de Dilma Rousseff. [...] Mas de Dilma não tenho medo; tenho pavor. [...] Dilma personifica, para mim, aquele pai autoritário de quem os filhos morrem de medo [...] Não existe em Dilma um só traço de meiguice, doçura, ternura. Ela tem filhos, deve ter gasto todo o seu estoque com eles, e não sobrou nem um pingo para o resto da humanidade. [...] Lembro de quando Regina Duarte foi para a televisão dizer que tinha medo de Lula; [...] Hoje estamos numa situação pior, e da qual vai ser difícil sair, pois o PT ocupou toda a máquina, como as tropas de um país que invade outro. Com Dilma seria igual ou pior, mas Deus é grande."
Marcelo Coelho (Folha de São Paulo) : "Mas do ponto de vista simbólico, é impressionante o contraste entre a feminilidade de Lina Vieira e a dureza de Dilma. Um bom marqueteiro teria de levar em conta o artigo de Danuza Leão, na “Folha” deste domingo. Dilma dá medo. Não penso nas qualidades que ela poderia ter, sem dúvida notáveis, como presidente do Brasil. Mas é curioso ver as diferentes formas de identidade feminina que começam a entrar em jogo na disputa eleitoral."
Reinaldo Azevedo (Veja): “Por que não, então, um gay para suceder Lula? Branco ou preto? Esperem! Vamos fazer logo um “combo” de minorias. A candidata poderia ser mulher, negra e lésbica. E acho que a gente deve acumular experiências, incorporando qualidades de minorias passadas. Poderia ser mulher, negra, lésbica, meio analfabeta e eventualmente sem dedo. O “eneadactalismo” passaria a ser uma exigência para chegar ao topo”.
Jorge Pontual (Globo): infelizmente perdi o post no Twitter deste jornalista, mas existe algo relatado no artigo de Marjorie Rodrigues. Clique aqui.
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