Texto de autoria de Fábio Nogueira - estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro. E-mail: historiadorfabioucb.49@outlook.com
Há exato um ano escrevi no site Fazendo Média, o texto onde destacava o sonho do professor Darcy Ribeiro em transformar o Brasil numa nação desenvolvida por meio da educação. O assunto pode parecer chato ou usado demais, no entanto, Darcy Ribeiro não cansou de levantar essa bandeira.
O filme é o mesmo, o cenário continua o mesmo e o roteiro do filme mudou um pouco. O estado do Rio de Janeiro (a cidade e a região metropolitana) volta a ser o centro das atenções. A violência desenfreada por faltas de políticas de médio e longo prazo faz voltar aquelas velhas medidas para enxugar gelo, onde a sensação de segurança permanecerá por um curto momento. A sensação está de volta com o exército brasileiro como o salvador da pátria. O governo central interveio na administração da segurança do estado. A polícia militar, a polícia civil e o corpo de bombeiros estarão sob a tutela das forças armadas (exército) para conter a onda de violência.
Não sou especialista em segurança urbana, mas cabe, na minha função de professor ou formador de opinião, dizer que nada mudará a situação vigente enquanto não houver planos para efeitos de um futuro a médio ou a longo prazo para diminuir a violência. São medidas que vai da educação até uma polícia menos corrupta e menos truculenta. São desafios que outros países enfrentaram num passado não tão distante, e tinham índices de violência semelhante ou piores que o estado do Rio ou mesmo do País inteiro e venceram a luta. Nova Iorque (EUA) e Medelín (Colômbia) são esses exemplos .
Medidas como educação de qualidade e renovada, onde a mesma deixe de ser excludente e participativa com o envolvimento de todos. E ainda mais lazer, cultura, transporte para podermos desfrutar do aumento dos laços sociais que nos envolve e finalmente uma polícia mais humanizada com os cidadãos . Não são medidas impossíveis, basta vontade política e menos politicagem .
Até hoje não sai da minha memória as pessoas ridicularizando o professor Darcy Ribeiro, onde ele afirmava que o país entraria num caos caso a educação fosse tratada de maneira leviana. A princípio não entendia nada, na verdade não sei como fui parar nesse evento, mas os olhos lacrimejantes do professor Darcy Ribeiro talvez queriam dizer que a batalha de ver um país com menos violência foi para o ralo. Cada um de nós, como sociedade, somos de certa forma culpados por não abraçarmos esta causa educacional.
Sou pessimista. Não é novidade em afirmar que o exército não está preparado para lidar com o conflito urbano. Sou pessimista porque corre o risco do tráfico corromper os soldados ou sofrer o risco de serem mortos.
Daqui a pouco tempo vou escrever outro texto ainda mais obscuro e sem esperança. Para perder de vez a esperança, basta vermos a qualidade de nossos políticos e governantes: MEDÍOCRES !
Assemelho-os com pouquíssimas exceções a um bando de mercenários ou pior. O mercenário não usa a família, Deus e a pátria para se venderem, ao contrário desses políticos de pensamentos médios do Brasil.
Como sou da linha de pensamento de Darcy Ribeiro, Paulo Freire, Brizola e Abdias do Nascimento, acredito e vejo na educação A REVOLUÇÃO!
(Via Fábio Nogueira: estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro. E-mail historiadorfabioucb.49@outlook.com)
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