Texto de autoria de Fábio Nogueira - estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro. E-mail: historiadorfabioucb.49@outlook.com
No final da década de vinte o mundo foi abalado pela queda da bolsa de Nova Iorque. O colapso foi geral, a política neoliberal sofreu o primeiro baque financeiro e os banqueiros foram pedir ajuda para quem criticava por atrapalhar, o Estado.
O presidente dos EUA, Franklin Delano Roosevelt, era defensor da presença do Estado na economia, e foi o próprio Estado que salvou os bancos do buraco. Em vez de tomar medidas rudimentares e impopulares, Roosevelt criou medidas para que o país não decretasse a falência. Estimulou a criação de empregos braçais, construíram ferrovias, escolas e prédios com ajuda (quem diria) do Estado.
São nesses momentos de crises que, ao contrário do que muitos pensam, a economia e os projetos de combate à desigualdade devem ser praticados no momento. Na última grande crise dos bancos, os Estados Unidos e a União Europeia estavam na rota de salvar de novo os grandes bancos, há oito anos. O diferencial dessa crise foi a concentração dela. Os demais blocos econômicos não sentiram os efeitos da crise.
Brasil, China, Rússia e Índia passaram ilesos na crise. A Rússia tratou de renovar sua poderosa frota militar que tinha ficado a míngua com o fim dos países do bloco socialista. Os russos somente estavam combalidos e não mortos. Hoje ela se faz presente na nova conjuntura mundial e renovou as forças armadas com novos equipamentos de guerra.
O Brasil passou imune à crise financeira. A marolinha passou muito longe. O brasileiro estava consumindo muito, a renda salarial permitia um consumo exacerbado. Neste ano fomos um dos poucos países que desenvolveu com êxito as políticas econômicas e sociais. No entanto, o país não soube se aproveitar da crise para por em prática as infraestruturas que tanto faz falta em nossos dias.
Atualmente o governo golpista, em nome da recuperação da economia, está planejando vender estatais importantíssimas e vitais para a segurança do país. Num lapso de memória, o atual governo golpista, disse que regredimos vinte anos em dois anos. De fato, regredimos.
Enquanto o governo comemora o fim da recessão, estamos voltando ao mapa da fome e outras lutas de combate à fome e à pobreza. Ainda em nome da economia, ele corta pela metade os repasses para educação e saúde e demais medidas antipopulares. Era semelhante no regime militar, o PIB era dos maiores e enquanto isso o povo não se beneficiava, os indicadores sociais eram semelhantes aos países da África. Existe algum motivo para comemoramos? Tire suas conclusões .
(Via Fábio Nogueira: estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro historiadorfabioucb.49@outlook.com)
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