Texto de autoria de Fábio Nogueira - estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro. E-mail: castelohistoriaucb.66@gmail.com
Não foi nada fácil engolir a vitória do presidente eleito Jair Bolsonaro. Senti num espaço de dois anos o amargo da derrota, depois do golpe proferido contra a ex-presidente Dilma Roussef. Afinal de contas, Bolsonaro foi escolhido pelo voto popular e teremos de respeitar, gostando dele ou não. Não serei nada diplomático em desejar que ele faça um bom governo, estarão em pautas projetos indesejáveis que afetarão a vida política, social e civil de cada um de nós.
Subestimaram Jair Bolsonaro, o que parecia ser um blefe político virou o jogo. O ônus da culpa é daqueles que não levaram a sério a ascensão dele. Os partidos de esquerda e direita riram dele, pensando que poderia ser mais um. É tempo dos partidos de esquerda, em especial o Partido dos trabalhadores, fazer mea culpa e admitir a responsabilidade por se afastar das bases sociais que levaram o partido ao poder. Foi errado pensar que ao chegar ao poder, o PT ficaria em paz com as oligarquias mandantes do país. Alterou a vida dos mais pobres tirando-os da invisibilidade da extrema pobreza, mérito que ninguém poderá tirar do partido. Errou ao não fazer a reformar dos meios de comunicações para a quebra dos monopólios e democratizar a mídia .
Agora é enxugar as lágrimas recolher os cacos e recomeçar para traçar novos rumos. Também entendo a decepção dos eleitores do PT, sou desses também. Fernando Haddad não era o candidato favorito e, no entanto, queria e vou estar com a minha consciência limpa sabendo que não optei em votar num amante da tortura e pavor das diferenças. Nunca vou associá-los, ou a maioria deles, aos clichês quando nos referimos a Bolsonaro e o pouco de intelecto político social. Mas não torcerei pelo sucesso de seu governo.
(Via Fábio Nogueira: estudante de história da Universidade Castelo Branco e militante da Educafro castelohistoriaucb.66@gmail.com)
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