Texto escrito por Fábio Nogueira: professor voluntário de Pré vestibular comunitário.
Virou programa semanal, com uma média de pensamentos chulos de duas vezes por semana ou mais. Os comentários do Presidente Jair Bolsonaro beiram não só ao ridículo, mas algo que vai além.
Antes mesmo de se lançar candidato ao cargo da presidência da república, Bolsonaro já mostrava seu despreparo no quesito direitos humanos. O desprezo pela causa é evidente quando o assunto é minorias. As diferenças trazem para o Presidente temores de perder ou igualar-se a tais grupos. Dá para classificar o presidente com fortes tendências fascistas, onde esta ideologia se adequa a circunstância do local onde é operante. O fascismo incorpora conceitos culturais para se aproximar do público alvo.
Na década de trinta, a Ação Integralista (de tendência fascistas), não tinha em seu discurso o ódio racial . Ao contrário, tinha na saudação a palavra ANAUE (de origem indígena e havia também negros filiados ao grupo). Pautavam em seus conceitos os seguintes dizeres na formação do grupo: a pureza do índio, a força do negro e a inteligência do branco.
Sim, o fascismo tem essas façanhas para angariar novos adeptos. Não estranhamos alguns negros, índios, mulheres e pobres se identificando com Jair Bolsonaro. O perigo está naquilo que farão para os seus iguais.
Jair Bolsonaro é um 'asno', um personagem com o qual não dá para manter cinco minutos de diálogo sem começar a sentir-se incomodado, quase querendo expurgar frases para não travar o funcionamento do cérebro. Cinco minutos de contato é perigoso. A doença da deficiência cognitiva dele parece ser contagiosa.
Em seis meses de governo, Bolsonaro vem entregando o patrimônio brasileiro e os patriotas, gente de bem, estão calados. Há um desmonte do Estado seguindo em frente; as universidades, que são centros de excelência na áreas de pesquisas e formação intelectual, estão sucateadas. Trabalhos nas áreas ambientais e políticas públicas de Estado vêm sofrendo severos golpes na continuidade. Este é o governo da “Nova Política”.
Jair Bolsonaro não está sozinho quando o assunto é violência. O governador do estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, continua a sua cobiça de matar atirando na “cabeçinha”, sem querem saber se quem receberá o “ prêmio” é culpado ou não. A ordem é: se for suspeito, atire para depois averiguar.
A semana foi marcada pelo assassinato de seis moradores de favelas da capital fluminense e região metropolitana. Perfil: jovens, quase todos homens e negros.
O governador Wilson Witzel tem mais prazer em sangue nas mãos do que o próprio sexo. Iguais ao demais que já passaram, o governador não procurar realiza políticas públicas de prevenção à violência. Ele conhece a lei melhor que qualquer brasileiro, mas age semelhante ao Rambo preparado para matar.
Estamos muitos bem servidos de governantes. Ambos os governantes, seja federal ou estadual, usam do discurso onde qualquer hipócrita gosta de se encostar: Pátria, família e Deus. Diz a sabedoria popular que estes são os últimos refúgios dos canalhas.
Vamos esperar os próximos capítulos do besteirol do senhor presidente e a próxima vitima da favela que receberá a bala da "cabeçinha".
Enquanto isso, vamos fazendo o sinal da arminha com as mãos e cantando o hino nacional que tudo passará. Ou não.
(Via Fábio Nogueira, professor de PVC. Email historiadorfabioucb.49@outlook.com )
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